Antes de registrar sua marca: um checklist estratégico para empreendedores e negócios digitais

Registrar uma marca não começa no formulário do INPI. Antes disso, é importante avaliar o nome escolhido, o risco jurídico, a classe adequada, o titular da marca e o papel estratégico que ela terá no seu negócio. Este checklist foi pensado para empreendedores, startups, PMEs e negócios digitais que desejam registrar sua marca com mais segurança e menos improviso.

Julia Junqueira

11/28/20257 min read

O que você precisa considerar, na prática, antes de levar sua marca ao INPI – para evitar retrabalho, indeferimentos e decisões precipitadas.

Antes de registrar sua marca: um checklist estratégico para empreendedores e negócios digitais

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Sua marca começa pelo nome

Entenda, em termos simples, o que o registro de marca realmente protege e por que isso importa para o seu negócio.

Quem pode ter marca registrada? CPF, CNPJ e marca pessoal

Veja se você, como pessoa física, MEI, empresa ou marca pessoal, pode registrar uma marca e em nome de quem vale a pena fazer isso.

Seu nome de marca é bom… juridicamente falando?

Descubra se o nome que você escolheu é forte, registrável e com menos risco de dar problema no futuro.

Leitura de risco: o passo inteligente antes de registrar

Saiba por que não basta gostar do nome e como a leitura de risco evita indeferimentos, conflitos e retrabalho no INPI.

1. Sua marca começa pelo nome: ele é apenas “bonito” ou é juridicamente sustentável?

Muitos projetos de marca começam pelo lugar certo do ponto de vista criativo – brainstorm, significado, sonoridade, estética – mas não passam pelo filtro jurídico.

Antes de pensar em registro, vale se perguntar:

  • O nome que escolhemos é genérico ou descritivo?
    (Ex.: “Consultoria Financeira SP”, “Padaria do Bairro”, “Doces Caseiros”.)
    Nomes assim tendem a ter menos força de proteção e mais resistência no INPI.

  • O nome tem um elemento distintivo forte?
    Palavras menos óbvias, combinações originais, termos criados ou sugestivos costumam ter melhor perspectiva jurídica.

  • Esse nome já está muito associado a outras marcas no nosso segmento?
    Mesmo sem olhar o INPI, às vezes o próprio mercado dá sinais de saturação.

Esse primeiro filtro não substitui a leitura de risco, mas evita insistir em nomes que já nascem com pouca perspectiva.

2. Você sabe em qual(s) classe(s) sua marca deveria ser protegida?

No registro de marca, não basta ter um bom nome – é necessário saber para quê ele será protegido.

A Classificação de Nice organiza produtos e serviços em 45 classes. Na prática:

  • Marcas para produtos físicos (por exemplo, vestuário, alimentos, cosméticos) ficam em determinadas classes;

  • Marcas para serviços (como marketing, tecnologia, educação, saúde) ficam em outras.

Algumas perguntas que ajudam:

  • O que efetivamente entregamos hoje: produto, serviço ou ambos?

  • Em quais segmentos pretendemos atuar nos próximos anos?

  • Nossa marca é “guarda-chuva” (abrange várias linhas) ou está associada a uma oferta muito específica?

A escolha de classe:

  • impacta quem você consegue impedir de usar sinais semelhantes;

  • pode reduzir ou aumentar conflitos;

  • influencia diretamente a efetividade da proteção.

Por isso, a definição de classe é uma decisão estratégica, não apenas um campo de formulário.

3. Quem deve ser o titular da marca: pessoa física ou jurídica?

A escolha do titular da marca – CPF ou CNPJ – costuma ser tratada como detalhe burocrático, mas ela tem implicações importantes:

  • Registrar no CNPJ costuma fazer sentido quando:

    • a marca está fortemente vinculada ao negócio em si, com sócios, estrutura e equipe;

    • há previsão de franquia, licenciamento ou venda de empresa;

    • a operação e os investimentos estão concentrados na pessoa jurídica.

  • Registrar no CPF pode ser mais adequado quando:

    • estamos diante de uma marca pessoal, ligada ao nome ou à imagem de um profissional;

    • o profissional atua de forma independente e pretende, eventualmente, licenciar a marca para diferentes empresas ou projetos;

    • ainda não há CNPJ, mas já existe atuação consolidada.

O importante aqui é alinhar:

  • o titular da marca;

  • os contratos entre pessoa física e jurídica (quando existirem);

  • o plano de médio/longo prazo para aquele ativo.

Decisões apressadas nessa etapa podem gerar conflitos entre sócios, insegurança em investidores e retrabalho contratual mais à frente.

4. Você já avaliou o risco jurídico do nome antes de investir mais nele?

Depois de responder às perguntas sobre nome, classe e titularidade, surge o ponto central:

“O quão arriscado é, juridicamente, seguir com esse nome?”

É aqui que entra a leitura de risco de marca.

Ela não é um luxo. É, em muitos casos, o que separa:

  • um projeto de marca que cresce sobre base sólida;

  • de um projeto que pode ser questionado ou travado quando estiver mais maduro.

Na leitura de risco, nós:

  • buscamos marcas idênticas e semelhantes na base do INPI;

  • avaliamos afinidade de atividades e classes;

  • verificamos padrões de decisão do INPI em casos parecidos;

  • classificamos o risco (baixo, médio, alto) e explicamos o que isso significa para o seu contexto;

  • sugerimos seguir, ajustar ou repensar o nome, conforme o cenário.

Sem esse passo, o registro tende a ser um ato de fé – e a surpresa costuma vir quando o negócio já está mais exposto.

Sua estratégia de comunicação está alinhada à proteção de marca?

Outro ponto relevante do checklist é observar se o modo como você se comunica está alinhado à forma como pretende proteger a sua marca.

Algumas reflexões:

  • O nome que usamos no dia a dia é o mesmo que pretendemos registrar?
    (Muitas vezes existe uma dissonância entre “nome de fantasia” e nome que vai ao INPI.)

  • Usamos a marca de forma consistente em site, redes, materiais, contratos?
    Consistência ajuda a consolidar a marca como ativo – inclusive em eventuais disputas futuras.

  • Há sub-marcas, linhas de produto, projetos paralelos que também deveriam ser observados?
    Em alguns casos, é necessário pensar em famílias de marcas, não apenas em um nome isolado.

Essa visão integrada facilita decisões futuras, como expansão de portfólio, criação de produtos derivados ou organização de licenciamento.

5.

Em que momento faz mais sentido avançar para o registro?

6.

Nem sempre “o quanto antes, melhor” é uma resposta automática.
Na prática, faz muito sentido avançar para o registro quando:

  • o nome já passou por uma leitura de risco;

  • existe, minimamente, clareza de classe(s) e titularidade;

  • a marca já está ou estará em uso no curto prazo (ou há plano concreto de lançamento).

Por outro lado, é arriscado:

  • registrar de forma precipitada um nome que ainda pode mudar por razões estratégicas;

  • insistir em registrar um sinal com risco alto identificado, sem considerar ajustes possíveis.

O papel desse checklist é justamente ajudar você a não pular etapas essenciais antes de ir ao INPI.

7. Como nós podemos apoiar nesse processo

Na prática, o nosso trabalho é transformar esse checklist em um fluxo concreto de decisões e ações:

  • ajudá-lo(a) a avaliar a força e o risco do nome escolhido;

  • definir, junto com você, o titular mais adequado (CPF/CNPJ) e a estratégia de classes;

  • conduzir a Leitura de Risco de Marca com base na realidade do seu negócio;

  • estruturar, quando fizer sentido, o pedido de registro no INPI e o acompanhamento do processo.

A ideia não é burocratizar a sua marca, mas dar a ela a base jurídica necessária para crescer com menos sobressaltos.

Se você já tem um nome em uso ou em mente, um bom próximo passo é transformar essas perguntas em respostas concretas – e isso começa pela leitura de risco.

Faça a Leitura de Risco da sua marca com a AROHÍ

Dê o primeiro passo certo:

Antes de investir mais em branding, tráfego ou expansão, você pode:

Entender o nível de risco jurídico da sua marca

Análise aprofundada na base do INPI, indo além da busca superficial.

Identificação de marcas iguais ou semelhantes e possíveis conflitos.

01.

02.

Saber se o nome que você escolheu faz sentido a longo prazo

Classificação em níveis de risco (baixo, médio, alto), de forma objetiva e segura.

Indicação se vale seguir, ajustar ou trocar a marca antes de registrar.

Evitar retrabalho, gastos duplos e dores de cabeça

Redução do risco de indeferimento e oposição no processo.

Mais segurança para investir em identidade visual, site e marketing.

03.

04.

Definir uma estratégia de proteção alinhada ao seu negócio

Recomendações sobre classe(s) adequadas no INPI, alinhadas com sua realidade.

Orientação sobre titularidade (CPF ou CNPJ) e próximos passos.

É rápido, online e gratuito.