Registro de marca no INPI: passo a passo para empreendedores e pequenos negócios
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Julia Junqueira
11/26/202510 min read


Registrar uma marca no INPI é o que transforma o nome do seu negócio em um direito exclusivo, protegido em todo o território nacional. Mas, para muita gente, o processo parece um labirinto de siglas, prazos e termos técnicos.


O que é o registro de marca no INPI e por que ele importa para o seu negócio
Este guia foi pensado para empreendedores, MEIs, pequenos e médios negócios, startups e negócios digitais que já têm um nome, uma identidade visual ou uma comunidade em torno da marca – mas ainda não têm a segurança jurídica desse ativo.
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Registro de Marca - INPI


Por que registrar sua marca no INPI muda o jogo








Entenda, em termos simples, o que o registro de marca realmente protege e por que isso importa para o seu negócio.
Quem pode ter marca registrada? CPF, CNPJ e marca pessoal
Veja se você, como pessoa física, MEI, empresa ou marca pessoal, pode registrar uma marca e em nome de quem vale a pena fazer isso.
Seu nome de marca é bom… juridicamente falando?
Descubra se o nome que você escolheu é forte, registrável e com menos risco de dar problema no futuro.
Leitura de risco: o passo inteligente antes de registrar
Saiba por que não basta gostar do nome e como a leitura de risco evita indeferimentos, conflitos e retrabalho no INPI.


1.1. O que é, na prática, uma marca registrada
Na prática, registrar uma marca no INPI significa:
O Estado brasileiro reconhece que aquele sinal (nome, logo, conjunto visual) é seu, para aquele tipo de produto/serviço.
Você ganha o direito de uso exclusivo dessa marca em todo o território nacional, dentro do segmento em que ela foi registrada.
Você passa a ter base jurídica para impedir terceiros de usar nome igual ou confusamente semelhante na mesma área de atuação.


Sem esse registro, sua marca:
Não é um direito de exclusividade, é só um uso de fato;
Fica vulnerável a que outra pessoa registre antes de você;
E, em cenários extremos, você ainda pode ser obrigado a mudar de nome depois de já ter investido em branding, marketing, site, placa, embalagens etc.


1.2. INPI x Junta Comercial x Domínio de Site: o que cada um protege
Muita confusão nasce aqui. São coisas diferentes:
Junta Comercial / Cartório: registra o nome empresarial (razão social).
Protege o nome da empresa para fins societários e fiscais, não a marca como sinal distintivo no mercado.
Registro de domínio (.com, .com.br, etc.): garante que você possa usar aquele endereço de internet.
Não garante que ninguém tenha, ou venha a ter, uma marca registrada com aquele nome.
INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial): registra marcas e patentes.
É aqui que você adquire o direito de exclusividade da marca, do ponto de vista de propriedade industrial.
Ou seja: ter CNPJ, ter domínio e ter Instagram não significa ter marca registrada.




Por que pequenos negócios e startups também precisam pensar nisso cedo
Talvez você esteja pensando:
É justamente aí que o risco é maior:
Pequenos negócios geralmente não têm caixa para bancar uma mudança completa de marca no futuro.
Startups e negócios digitais costumam investir pesado em branding, tráfego pago, conteúdo e comunidade em cima de um nome – e um conflito de marca pode travar a operação em um momento sensível de crescimento.
Em fases de captação e expansão, investidores e parceiros vão olhar:
“Essa marca é mesmo deles? Está registrada?”
Registrar cedo não é um luxo jurídico.
É uma medida de proteção básica para quem está construindo um ativo que pretende escalar.


“Mas meu negócio é pequeno ainda, não vale a pena registrar agora.”


1.3.


2. Quem pode registrar uma marca:
Pessoa Física, MEI, Empresa e Marca pessoal
Empresas em geral podem registrar marcas, desde que a marca esteja relacionada à atividade que consta no objeto social / CNAE.
Exemplos:
Uma ME de serviços de marketing pode registrar uma marca para serviços de publicidade, marketing digital, branding etc.
Uma indústria de alimentos pode registrar sua marca para os produtos alimentícios que fabrica.
Ponto importante:
O INPI avalia se há coerência entre o ramo da empresa e a proteção que está sendo pedida.


Pessoa jurídica (MEI, ME, EPP, startups, PMEs)


Pessoa física e profissionais liberais (marcas pessoais)
Sim, pessoa física também pode registrar marca – inclusive profissionais liberais, criadores de conteúdo, artistas, consultores, terapeutas, advogados etc.
Isso é fundamental para:
Marcas pessoais (seu nome artístico, seu nome como expert, seu arroba mais conhecido);
Profissionais autônomos que ainda não formalizaram uma empresa, mas já atuam com uma marca no mercado.
Nesses casos, o INPI costuma exigir que a pessoa comprove a atuação naquela área (por exemplo, carteira de conselho profissional, MEI, notas fiscais, portfólio etc., dependendo do caso).


2.1.
2.2.
2.3.
Essa é uma decisão estratégica, que muitas vezes é tomada sem reflexão – e depois gera problemas.
Alguns pontos:
Registrar no CNPJ:
Faz sentido se a marca estiver muito ligada à empresa em si.
Pode facilitar operações de licenciamento, franquia, venda da empresa.
Registrar no CPF:
Faz sentido em casos de marca pessoal (profissionais conhecidos pelo próprio nome) ou quando o empreendedor tem mais de uma empresa, mas quer manter a marca sob controle direto.
Em uma eventual mudança societária, ele ainda detém a marca, podendo licenciar ou negociar.
Quem deve ser o titular da marca: CPF ou CNPJ?


Não existe uma resposta padrão.
O ideal é pensar:
Quem deve “segurar” juridicamente essa marca nos próximos anos?
Qual é o plano de crescimento, venda ou captação para esse negócio?






2.4. Erros comuns na escolha do titular e impactos no futuro do negócio
Erros que vemos com frequência:
Registrar a marca no CPF de um sócio sem combinar isso claramente entre os demais;
Registrar no CNPJ errado (por exemplo, uma holding que não atua diretamente na atividade protegida, sem estratégia clara);
Não alinhar o titular da marca com os contratos societários e de investimento.
Isso pode gerar:
Conflitos entre sócios;
Dificuldade para vender a empresa ou captar investimento;
Insegurança para parceiros que querem licenciar a marca.




Antes de tudo: como escolher um nome de marca com menos risco
O INPI tende a não conceder registro (ou limitar bastante) para marcas que:
Apenas descrevem o produto/serviço:
Ex.: “Padaria do Bairro”, “Serviços Contábeis”, “Doces Caseiros”.
São genéricas:
Ex.: “Qualidade Máxima”, “Top Service”, “Melhor do Brasil”.
Usam termos de uso comum sem nenhum elemento distintivo.
Por quê?
Porque o sistema de marcas visa proteger sinais que diferenciem um negócio de outro, e não travar expressões que todo mundo precisa usar.


3.


3.1. Nomes descritivos, genéricos e difíceis de registrar
3.2. Nomes fortes, distintivos e com mais chance de proteção
Marcas com mais chance de proteção são:
Arbitrárias ou fantasiosas: palavras inventadas, ou que não tenham relação direta com o produto/serviço.
Ex.: “Google” para buscador, “Nubank” para fintech.
Sugestivas, que evocam uma ideia sem descrever literalmente o serviço.
Ex.: “Ifood” sugere comida, mas não é “App de entrega de comida”.
Uma boa marca:
É fácil de lembrar;
Não é meramente descritiva;
Tem algum grau de originalidade em relação ao que já existe no mercado.
3.3. Exemplos práticos de nomes problemáticos x nomes estratégicos
Problemático:
“Consultoria Financeira SP” para serviços financeiros.
Descritivo, genérico, difícil de proteger.
Mais estratégico:
“Arohí” para atuação em propriedade intelectual e tecnologia.
Palavra distintiva, que pode carregar um conceito e criar um território próprio.
Na prática, a leitura de risco (que veremos a seguir) ajuda a testar esses nomes antes de investir pesado neles.


4. Fazer uma leitura de risco da marca (e não só “jogar o nome no sistema”)
Leitura de risco é um diagnóstico prévio sobre a viabilidade da marca:
Ver se já existem marcas iguais ou muito parecidas na mesma classe;
Entender o nível de conflito potencial;
Avaliar se vale insistir naquele nome ou ajustar antes de entrar com o pedido.
O próprio INPI recomenda a busca prévia na base de marcas. Mas essa busca, para ser efetiva, precisa ir além do “control + F” no nome exato.


O que é leitura de risco e por que o INPI recomenda busca prévia


4.1.
4.2.
Em termos bem simples, a busca envolve:
Consultar a base de marcas já depositadas, deferidas, indeferidas e registradas;
Verificar:
Marcas idênticas;
Marcas com grafia semelhante;
Marcas com pronúncia parecida;
Marcas com mesmo núcleo distintivo.
Isso é feito diretamente nas ferramentas do INPI e, quando o olhar é profissional, considerando também a classe e afinidade entre produtos/serviços.
Como funciona a busca na base de marcas do INPI (visão geral)




4.4. Quando faz sentido contar com um advogado especializada em PI
Você até pode entrar no site do INPI e tentar fazer tudo sozinho.
Mas, em alguns cenários, contar com uma advogada especializada em Propriedade Intelectual faz muita diferença, por exemplo quando:
O nome é central na estratégia do negócio (marca-mãe, marca de comunidade, nome de produto-chave);
Você já identificou marcas parecidas e não sabe se isso é impeditivo ou não;
Você quer evitar retrabalho, indeferimento e gastos dobrados com um novo pedido;
Há planos de crescer, captar investimento, franquear ou licenciar a marca.


Diferença entre uma busca superficial e uma análise estratégica
4.3.
Busca superficial:
Digita o nome exato.
Se não acha igualzinho, conclui “tá livre”.
Análise estratégica:
Considera variações de grafia, fonética, tradução, abreviações;
Analisa o contexto: histórico da marca, decisões de indeferimento em casos parecidos, marcas de grandes players no segmento;
Classifica o risco: baixo, médio, alto.
A leitura estratégica ajuda a evitar investir dinheiro e tempo em uma marca com risco alto de indeferimento ou conflito.
É exatamente aí que entra a Leitura de Risco de Marca da AROHÍ.
Com a nossa leitura de risco, você recebe:
Uma análise aprofundada na base do INPI, indo além da busca superficial;
Um diagnóstico claro, em linguagem simples, sobre o risco da sua marca;
Recomendações práticas:
Seguir com o nome atual;
Ajustar;
Trocar;
Registrar em outra(s) classe(s);
Ou combinar estratégias (marca pessoal, marca de produto, etc.).
A ideia é que você não precise “adivinhar” se a sua marca está segura.
Faça a Leitura de Risco da sua marca com a AROHÍ
Dê o primeiro passo certo:


Antes de investir mais em branding, tráfego ou expansão, você pode:
Entender o nível de risco jurídico da sua marca
Análise aprofundada na base do INPI, indo além da busca superficial.
Identificação de marcas iguais ou semelhantes e possíveis conflitos.
01.


02.
Saber se o nome que você escolheu faz sentido a longo prazo
Classificação em níveis de risco (baixo, médio, alto), de forma objetiva e segura.
Indicação se vale seguir, ajustar ou trocar a marca antes de registrar.


Evitar retrabalho, gastos duplos e dores de cabeça
Redução do risco de indeferimento e oposição no processo.
Mais segurança para investir em identidade visual, site e marketing.
03.


04.
Definir uma estratégia de proteção alinhada ao seu negócio
Recomendações sobre classe(s) adequadas no INPI, alinhadas com sua realidade.
Orientação sobre titularidade (CPF ou CNPJ) e próximos passos.
É rápido, online e gratuito.



